terça-feira, 28 de abril de 2009

2000 passos


100



200


300

400

500

600


700


800


900


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1100


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1800


1900

2000
Tallinn, 28 Abril 2009

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Por agora são as saudades que me ocupam o pensamento. Conto os dias para o meu regresso. Serei alguém diferente. Estou diferente. Nada será igual aos meus olhos; o sentir das coisas do dia-a-dia será mais forte. As recordações deste tempo de aprendizagem também, mas agora, é só a Sudoeste que pouso o olhar, por vezes consigo sentir o calor do Sol, a textura de tudo o que sinto falta e sinto, sem dúvida a companhia de quem mais gosto. Conto os dias.

domingo, 12 de abril de 2009

"Nada do que espero se engana na via da esperança."

segunda-feira, 30 de março de 2009

Quero voltar para o calor.

Quero voltar para a frescura do barro.

Até para a simplicidade da construção despreocupada. Pensar com o trabalho. Perceber o que estamos a fazer com o sentir das mãos. Com todos os sentidos que o tacto desperta.

É disto que também sinto falta. A criação despreocupada.

A simplicidade dos pés descalços.
A pureza dos pés descalços.

Dormir sob as estrelas e estar em contacto. Comigo, contigo, com Ela.





Tallinn, 30 Março 2009

sábado, 28 de março de 2009

28/03/2009

As cidades e os olhos

Depois de ter caminhado sete dias através de bosques, quem vai para Bauci não consegue vê-la e no entanto já lá chegou. São as finíssimas andas que se elevam do solo a grande distância umas das outras e se perdem acima das nuvens que sustêm a cidade. Sobe-se com escadotes. No chão os habitantes raramente se mostram: têm já tudo de que precisam lá em cima e preferem não descer. Nada da cidade toca o solo à excepção daquelas pernas compridíssimas de fenicóptero em que assenta e, nos dias luminosos, uma sombra perfurada e angulosa que se desenha na folhagem.

Três hipóteses se põem sobre os habitantes de Bauci: que odeiam a Terra; que a respeitam a ponto de evitar qualquer contacto; que a amam tal como ela era antes deles e com binóculos e telescópios apontados para baixo não se cansam de passá-la em resenha, folha a folha, pedra a pedra, formiga por formiga, contemplando fascinados a sua própria ausência.


Italo Calvino, As Cidade Invisíveis, pg. 79









Marco Polo descreve uma ponte, pedra a pedra.
- Mas qual é a pedra que sustém a ponte? - pergunta Kublai Kan.
- A ponte não é sustida por esta ou por aquela pedra - diz Marco, - mas sim pela linha do arco que elas formam.
Kublai Kan permanece em silencioso, reflectindo. Depois acrescenta: - Porque me falas de pedras? É só o arco que me importa.
Polo responde: - Sem pedras não há arco.


Italo Calvino, As Cidade Invisíveis, pg. 85





Há já um tempo que li estas passagens do livro, mas marcaram-me tanto que me lembrei delas e tive de as publicar. Tudo isto tem haver com o que ando a fazer, com o que ando a desenhar: a malha que está por detrás das cidades que agora conheço. Descobrir os diferente níveis a que se pode conhecer uma cidade e saber o que ela significa para mim.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Miguel Alves



Fantástico...!

quinta-feira, 19 de março de 2009

Por uma boa causa

VOTE EARTH

Eu vou participar! Saiam de casa, jantem à luz das velas ou experimentem o silêncio da escuridão! Só para variar!